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VOCHYSIA HANKEANA MART.

Nomes populares: cambarazinho, cambará-amarelo, pau-amarelo, escorrega-macaco.


Originalmente, esta espécie dispersa-se descontinuamente nas bacias do Paraná e Paraguai, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, sendo uma importante integrante da flora arbórea nativa de Cuiabá.1 Pode atingir de 8 a 20 m e possui copa arredondada e rala. O tronco pode atingir de 40 a 60 cm de diâmetro e possui como característica específica notável ser revestido por uma casca distintamente amarela, fina, lisa e pulverulenta.

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As folhas simples, elípticas a estreito-elípticas, membranáceas, glabras, broquidódromas, 3-5 verticiladas, medem de 8 a 18 cm de comprimento por 3 a 5 cm de largura. Suas margens são inteiras e hialinas e a nervura central amarelada é proeminente na face abaxial. O ápice é atenuado-retuso a emarginado e a base, decorrente a atenuada. O pecíolo mede de 3 a 4,5 cm de comprimento.

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As inflorescências, cujo eixo mede de 20 a 35 cm de comprimento, são racemos terminais ou axilares que portam dezenas de flores amarelas pediceladas medindo aproximadamente 1,5 cm de diâmetro. As flores, fracamente zigomórficas, possuem três pétalas diminutas amarelas livres e cálice pentâmero gamossépalo na base. Uma das lacínias do cálice, distintamente maior do que as outras, é calcarada.

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O fruto é uma cápsula que mede de dois a três centímetros de comprimento e que porta de 4 a 5 sementes aladas de comprimento quase igual ao do fruto.

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Pela exuberância do florescimento e do caule, o cambarazinho é indicado para o reflorestamento de áreas degradadas e para arborização urbana. Na medicina popular, a casca do caule do cambará-amarelo é utilizada no preparo de um xarope que combate males pulmonares como tosse persistente, bronquite e até coqueluche.2

 

Fenologia: o florescimento ocorre durante os meses de junho a agosto e a maturação dos frutos, de agosto a outubro.


Produção de mudas: os frutos devem ser colhidos ao início de sua deiscência, a qual deve ser completada com a exposição a pleno sol. Em substrato organo-arenoso, na semissombra, as sementes devem ser postas para germinar e devem ser irrigadas diariamente. A emergência demora de 6 a 8 semanas.

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1GONÇALVES, N. S.; CORRÊA, A. L.; GUARIM NETO, G. Árvores e palmeiras remanescentes da vegetação natural na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. (pôster). 62º Congresso Nacional de Botânica Botânica e Desenvolvimento Sustentável.

 

2 GUARIM NETO, G. O saber tradicional pantaneiro: as plantas medicinais e a educação ambiental. Rev. eletrônica Mestr. Educ. Ambient. ISSN 1517-1256, v.17, julho a dezembro de 2006.

 

LORENZI, H. Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, vol. 2, 5ª edição. Nova Odessa - SP: Instituto Plantarum, 2008.

 

SHIMIZU, G. H. & YAMAMOTO, K. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Vochysiaceae. Bol. Bot. Univ. São Paulo, São Paulo, v. 30, n. 1, p. 63-87, 2012.

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