top of page

CORDIA GLABRATA (MART.) DC

Nomes populares: louro-preto, louro-de-mato-grosso, claraíba.

 

Presente em ambientes de Floresta Amazônica, Caatinga e Cerrado, esta espécie característica de regiões decíduas está dispersa desde o Piauí até Nordeste do Mato Grosso do Sul, ocorrendo também no Vale do Rio São Francisco e no Pantanal Mato-Grossense. Pode alcançar de 4 a 18 m de altura. Seus ramos são acinzentados e glabros e o tronco, que pode atingir de 30 a 40 cm de diâmetro, é revestido por uma casca acinzentada com ritidoma reticulado e escamoso.

As folhas simples alternas espiraladas, cartáceas a semicoriáceas, são largamente elípticas ou ovais a orbiculares, medindo de 5 a 12 cm de comprimento por 1,9 a 7 cm de largura. Discolor, apresenta face adaxial verde-escura e glabrescente, e face abaxial mais clara ou prateada e tomentosa. As margens são inteiras a levemente onduladas. O pecíolo tomentoso pode medir de 0,8 a 4 cm de comprimento. O ápice é agudo a arredondado e a base é cuneada a arredondada. A venação é broquidódroma.

As flores, dispostas em panículas terminais congestas cujo pedúnculo mede 1,7 a 2,6 cm de comprimento, são brancas, sésseis e suavemente perfumadas. Cada flor mede 3 a 3,5 cm de diâmetro. A corola, marcescente, salverforme a infunbiliforme, torna-se marrom quando passada. O cálice verde, tubular e costado, mede 1,4 cm de comprimento (em média) e possui lacínias lanceoladas de ápice agudo que medem 1,5 a 2 mm de comprimento por 0,9 a 1,1 mm de largura. Possui em média 5 estames epipétalos, pubescentes na base, cujos filetes medem 1,6 a 1,9 cm de comprimento. Os frutos ovóides oblongo-lineares com cálice aderente são aquênios com somente uma semente, a qual é globosa a ovóide e mede em média 4 mm de comprimento por 3 mm de diâmetro.

Devido à floração alva, exuberante e persistente, é recomendada para o paisagismo e arborização de ruas largas, porém não abaixo de redes elétricas. A vistosa floração é polinizada e visitada por abelhas e colibris. Popularmente, a casca de C. glabrata é considerada medicinal, no entanto, poucos ou nenhum estudos foram realizados para averiguar possíveis usos terapêuticos deste membro da família Boraginaceae.

 

Fenologia: Quando totalmente desfolhada, o florescimento ocorre de julho a setembro. Logo após ocorre a maturação dos frutos, de setembro a outubro.

 

Produção de mudas: Assim que colhidos, os frutos devem ter o cálice aderente removido através de esfregaço e ser semeados em substrato organo-arenoso a meia-sombra. As sementes devem, então, ser cobertas com uma camada fina do substrato. A taxa de germinação é muito baixa e a emergência ocurre em 30 a 70 dias.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, vol. 1, 5ª edição. Nova Odessa - SP: Instituto Plantarum, 2008.

 

OLIVEIRA, A. K. M.; ALVES, F. F.; GADUM, J. Avaliação do tipo de substrato e do período de armazenamento para a germinação de sementes de Cordia glabrata (Mart.) DC. Acta Scientiarum. Biological Sciences. Maringá, v. 31, n. 3, p. 301-305. Maringá-PR: EDUEM, 2009. ISSN 1807-863X

 

VIEIRA, D. D. et al. A família Boraginaceae sensu lato na APA Serra Branca/Raso da Catarina, Bahia, Brasil. Rodriguésia - Rodriguésia: Revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, vol. 64, nº 1. pp 151-168. Rio de Janeiro: JBRJ, 2013. ISSN - 2175-7860

 

bottom of page